O que é o Baptismo do Espírito Santo?

João Baptista profetizou que Jesus haveria de baptizar as pessoas com o Espírito Santo (Marcos 1:6-8). Em Actos 1:5, Jesus disse aos seus discípulos que eles haveriam de receber este baptismo dentro de poucos dias. Na Festa de Pentecostes, o Espírito Santo encheu os discípulos (Actos 2:4), cumprindo as predições de João e Jesus. Pedro disse que o Espírito tinha sido derramado neles (versículos 17,33).

Anos mais tarde, o Espírito Santo veio sobre Cornélio e sobre outros gentios (Actos 10:44-45). Isto tinha o mesmo significado que o Espírito Santo ser "derramado", ou, ter "recebido" o Espírito Santo (vers.45,47), ou, ser "baptizado" com o Espírito Santo (Actos 11:15-17).

Todos estes termos referem-se à mesma coisa: O Espírito Santo é dado ao povo de Deus. O baptismo prometido está disponível a todos os que crêem (Actos 2:38-39). Paulo indicou que as pessoas geralmente receberam o Espírito Santo quando creram (Actos 19:2). O livro de Actos regista várias ocasiões quando as pessoas foram cheias com o Espírito Santo.

Paulo e os outros escritores do Novo Testamento não usam a frase "baptismo do Espírito", mas escrevem sim acerca do Espírito Santo ser dado ao povo de Deus. O Espírito está disponível a todos os crentes como "um penhor garantindo a nossa herança" (Efésios 1:13-14).

Em 1 Coríntios 12:13, Paulo escreve que todos os crentes são baptizados pelo Espírito no corpo de Cristo, a Igreja. Em Efésios 5:18 ele diz "para enchermo-nos do Espírito". Em Grego, o escritor podia usar uma forma diferente de uma palavra para indicar se a ordem era para uma única ocasião ou para uma actividade contínua. Paulo usou a forma contínua, indicando que os Cristãos deveriam viver sempre de acordo com o Espírito. Ele não estava a escrever acerca de uma experiência fora do normal que iniciava as pessoas para um novo estatuto.

Nada, nas epístolas de Paulo sugere que a dádiva do Espírito vem em duas fases ou bençãos. Ele não sugere que a dádiva de "falar em línguas", por exemplo, seja evidência de ter mais poder espiritual. Romanos 12 nem sequer menciona "falar em línguas" como uma dádiva de importância. Aos líderes da Igreja não era requerido terem a dádiva de "falar em línguas". Porém, deveriam ser capazes de ensinar em língua que pudesse ser entendida (1 Timóteo 3:1-2, Tito 1:5-9).

Qual é a evidência do Espírito de Deus? O que é que pode provar que Deus está em nós? O seu amor. Se amarmos os outros, se amarmos até os nossos inimigos, é evidência que o Espírito de Deus está a guiar-nos.

Se somos inspirados a viver conforme o caminho de Deus, se as nossas vidas mostram o fruto do Espírito Santo (Gálatas 5:22-23), estamos a dar evidência de que o Espírito de Deus está a encher as nossas mentes e os nossos corações. Um bom exemplo do Cristão é um poderoso testemunho da fé em Jesus Cristo.

Em busca de sinais

Jesus disse em Marcos 16:17-18: "E estes sinais hão de seguir os que crerem: Em meu nome expulsarão demónios; falarão novas línguas; pegarão em serpentes; e quando beberem alguma coisa mortífera, não lhes fará mal algum; imporão as mãos sobre enfermos, e os curarão".

Algumas pessoas consideraram estes versículos como um requerimento, como se fosse uma comissão que os Cristãos deveriam tentar cumprir para provar a sua autenticidade. Alguns grupos tentam pegar cobras venenosas sem serem mordidos. Estas pessoas geralmente evitam serem mordidas, mas por vezes são mordidas e morrem. O Índice de sucesso não interessa. O que é importante é se Deus quer que o seu povo faça isto.

Deverá o povo de Deus fazer coisas perigosas para que Deus os salve com um milagre de modo que todos vejam que Deus os aprecia? São os milagres necessários para provar que o Cristianismo é correcto?

A fé não provêm dos milagres visíveis. Os Israelitas que atravessaram o Mar Vermelho viram numerosos milagres, mas não tinham a fé para obedecer a Deus. E muitos Cristãos acreditaram sem ver nada dramático. A fé vem quando Deus permite a alguém acreditar no evangelho (Romanos 10:13-14; João 6:44). O milagre primário acontece no coração e na mente, não é necessariamente algo que possa ser visto.

Mais ainda, Deus não quer que façamos coisas perigosas de maneira a termos a sua pronta intervenção. Satanás tentou Jesus com igual desafio, e Jesus respondeu,: Não tentarás o Senhor teu Deus"(Mateus 4:5-7). Não devemos tentar forçar Deus a fazer algo. Esta conduta demonstra falta de fé.

A escritura em Marcos 16 é uma predição, não uma ordem. Somente refere que alguns Cristãos haveriam de viver estes milagres; não é uma promessa de protecção a todos os Cristãos, ou de curar a todos, ou de que todos falariam em línguas, ou de que todos expulsariam demónios. Somente indica que vários milagres aconteceriam; não diz com que frequência eles haveriam de acontecer.

Os milagres ainda acontecem actualmente - a cura, por exemplo. Demónios foram expulsos. Cristãos foram milagrosamente poupados de acidentes. Mas outros morreram na fé.

A prova verdadeira do Cristianismo não são os milagres. É o amor de Deus, o fruto do Espírito de Cristo em nós, motivando-nos a amar uns aos outros e a amar e obedecer a Deus (Romanos 5:5; Gálatas 5:22; João 13:34-35; Romanos 8:14; Actos 5:32).

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